34º Congresso Brasileiro de Medicina do Exercício e do Esporte e Simpósio Pan-Americano de Medicina do Esporte

Dados do Trabalho


Título

Treino de força em crianças e adolescentes

Introdução e Objetivo

Os treinos de força vêm se tornando parte do programa de treinos de crianças e adolescentes, com o objetivo de ganho de performance para o esporte praticado e de tratar problemas de saúde decorrentes do sedentarismo. Seus benefícios são cada vez mais documentados.
No entanto, o treino de força nessa população ainda é um tema polêmico para uma parte da comunidade científica.
O objetivo desse estudo foi avaliar os possíveis efeitos benéficos e deletérios do treino de força em crianças e adolescentes.

Casuística e Método

Revisão sistemática sobre treino de força em crianças e adolescentes.

Resultados

Foram identificadas 3160 referências a partir da busca inicial. Analisados os títulos e resumos, restaram 164 artigos. Após a leitura integral de cada artigo, obtivemos 29 estudos que preenchiam os critérios de inclusão.

Discussão

Os estudos que avaliaram lesões constaram uma baixa incidência. Além disso, dois terços delas foram traumas diretos, relacionados à falta de cuidado ao manusear equipamentos.
A segurança do treino de força foi avaliada por meio da cintilografia óssea, da velocidade de crescimento e da flexibilidade dos indivíduos. Nenhum parâmetro apresentou alteração.
A saúde óssea foi avaliada por meio da densitometria óssea. As crianças avaliadas apresentaram aumento da massa óssea após o programa de treinos.
Um estudo constatou que o treino de força promove maiores aumentos na massa magra e maior diminuição na porcentagem de gordura corporal, quando comparado a treinos aeróbicos.
Um trabalho avaliou a concentração sérica de testosterona e de cortisol em adolescentes. Os participantes apresentaram ganho de força durante o treino sem mudanças nas concentrações dos hormônios.

Conclusão

O treino de força em crianças e adolescentes traz benefícios como aumento da força e melhora da capacidade física, sem alterar das concentrações dos hormônios sexuais. Além disso, não acarreta maior risco de lesões comparado a outras modalidades esportivas.

Área

Medicina do Esporte

Autores

Giovanna Andrade Sperandio, Nicole Nardy Paula Razuck, Jan Willem Cerf Sprey, Fellipe Pinheiro Savioli, Matheus Simões La Salvia, Laura Amaral Coelho de Azevedo