Dados do Trabalho
Título
EXERCÍCIO COMO FORMA DE TRATAMENTO DA SÍNDROME DA FADIGA CRÔNICA
Introdução e Objetivo
A Síndrome da Fadiga Crônica (SFC) é um diagnóstico clínico cujo principal sintoma é a presença de fadiga e cansaço intenso que pode ser amplificado com a atividade física ou mental. Ou seja, o paciente sente-se constantemente cansado sem uma causa aparente, independente de realizar repouso. É mais observada em indivíduos de meia idade, principalmente em pacientes do sexo feminino. Na maioria dos casos não possui uma causa conhecida, mas pode ocorrer devido a desequilíbrios hormonais, fatores estressantes orgânicos ou psicológicos. Pacientes acometidos pela SFC tendem a ter uma deterioração na qualidade de vida e o afastamento das atividades profissionais e do convívio social. O principal sintoma é a fadiga, porém, é comum observar outros sintomas como: dificuldade com a memória ou concentração, dor de garganta, presença de gânglios(íngua) dolorosos no pescoço ou nas axilas, dores musculares e nas juntas, dor de cabeça e sono não reparador. O termo síndrome refere-se a um conjunto de sinais ou sintomas, logo inúmeros outros podem estar presentes. O tratamento é direcionado para um melhor controle dos sintomas, muitos pacientes podem se recuperar da SFC com o passar do tempo. No entanto, permanece a dúvida sobre o papel do exercício físico como aliado no tratamento da SFC. Portanto, esse estudo tem como objetivo relacionar a prática de atividades físicas com a melhora dos sintomas da síndrome da fadiga crônica.
Casuística e Método
Trata-se de uma revisão de literatura realizada entre o período de 15 Agosto a 1 de Setembro de 2022. Na plataforma Pubmed, preconizam-se os descritores “Chronic Fatigue Syndrome” e “Execise”, combinados com o operador Booleano “AND”. Os filtros utilizados para aperfeiçoar as buscas foram datas de publicação entre os anos 2016 e 2022, textos completos, escritos em inglês ou português.
Resultados
Ao final, foram encontrados 8 artigos, dos quais foram selecionados 4. Diante da leitura dos artigos observou-se que a terapia de exercícios teve um efeito positivo no funcionamento físico diário das pessoas, na qualidade do sono e na saúde geral auto-avaliada. Quase o dobro de pacientes relataram melhora na autoavaliação da saúde geral após a terapia de exercícios em comparação com o tratamento padrão. A terapia ergométrica foi a mais eficaz na redução da fadiga do que os tratamentos "passivos" ou nenhum tratamento.
Discussão
Há evidências moderadas de que o exercício pode melhorar a fadiga em pacientes com SFC que estão bem o suficiente para frequentar um ambulatório. Também teve um efeito benéfico no funcionamento físico, no sono e na saúde geral. O exercício pareceu ter benefícios iguais à Terapia Cognitiva Comportamental; uma intervenção que tem efeitos positivos. Embora houvesse informações limitadas, o exercício pode não piorar os sintomas ou causar efeitos colaterais graves. Infelizmente, o regime de exercícios mais eficaz é atualmente desconhecido. Uma abordagem prática para os médicos seria implementar exercícios aeróbicos individualizados para a capacidade do paciente.
Conclusão
Desse modo, evidenciamos que é imprescindível procurar um médico especialista, que é o único capacitado para avaliar cada caso individualmente e indicar a melhor forma de tratamento com um acompanhamento individualizado.
Área
Medicina do Esporte
Autores
Pedro Henrique Carvalho Leite Romeiro, Catarina Rodriguez Silva, Bibiana Toshie Onuki de Mendonça, Eduardo Lima Barbosa