Dados do Trabalho
Título
Atletinhas - Uma abordagem para o futuro
Introdução e Objetivo
A saúde pode ser definida como o pleno equilíbrio entre os estados físicos, psíquicos e sociais do indivíduo. Nesse sentido, o voleibol consegue reunir tais estados, por ser um esporte coletivo dependente da relação com os jogadores, do senso de perseverança próprio e da condição física do jogador, o que demonstra a necessidade de preservar esses aspectos para que o atleta alcance seu objetivo. Esse esporte é social, primeiramente, por depender do indivíduo e sua relação com seus companheiros, perceber o adversário e notar suas falhas para superar a outra equipe. Para além do social, a plena saúde mental é fundamental para a performance, sem que fatores da mente, como a ansiedade e insegurança, causem a queda do desportista. Em terceiro lugar, para a prática de vôlei, um físico adequado é necessário, pois esse esporte é baseado em momentos de explosão com sequências de curto descanso, sendo aeróbico. Dessa forma, precisa-se elucidar informações às atletas jovens em categorias de base que possuem acesso à informação de forma limitada, demonstrando vias conscientes e saudáveis, finalidade do projeto de extensão. A extensão é um dos pilares fundamentais da universidade e se faz necessário a difusão desses conhecimentos para os esportistas para um melhor bem-estar das mesmas.
Casuística e Método
A execução de um projeto de extensão deve ser direcionada de acordo com população alvo, no caso, um grupo em média de 20 meninas de idades entre 11-17 anos. Foram realizados 4 encontros de cerca de 1 hora, sistematizados em: palestra, questionário e exame físico. Os temas executados foram sobre a os aparelhos: cardiorrespiratório, prevenção de lesões, saúde da mulher atleta, saúde mental no esporte, neurociência no esporte, doenças relacionadas ao ambiente esportivo e segurança gástrica e nutricional. Os exames físicos foram exclusivos para os encontros de cardiovascular, respiratório e ortopédico. Nessa perspectiva, foram utilizados o Questionário de Prontidão para o Esporte com foco nas Lesões Musculoesquelética (MIR-Q), o Physical Activity Readiness Questionnaire (PAR-Q) e o Questionário De Baixa Disponibilidade de Energia no Sexo Feminino (LEAF-Q).
Resultados
Nos quatro encontros, tivemos uma adesão mínima de 15 e máxima de 21 atletas, nas quais a idade mínima foi de 11 anos e a idade máxima de 17 anos. Os resultados obtidos no LEAF-Q foram positivos, em que nenhuma das atletas possuíram score maior que 8, classificado como risco; a pontuação média das meninas variou de 1 a 7 pontos, sendo a moda de 4 pontos. Já no MIR-Q, 70% relatou que sofreu alguma lesão no esporte que impediu suas atividades. Ademais, no PAR-Q foi relatado uma resposta positiva em pelo menos 1 dos itens para 34,61% das atletas, o que deveria ser indicado a suspensão imediata das atividades e o acompanhamento médico.
Discussão
A presença de resultados positivos para distúrbios nos questionários de MIR-Q e PAR-Q nas atletas da categoria de base demonstra que o acompanhamento médico e a difusão de prevenção de lesões não devem ser negligenciadas pela prevalência de patologias na prática esportiva, sejam de origem traumática ou hemodinâmica. Nesse sentido, destaca-se que as causalidades cardiovasculares e musculoesqueléticas são as principais consequências negativas para o grupo sem orientação.
Conclusão
Portanto, esse estudo visa ensinar sobre a importância da prevenção, os principais sinais de alerta para as doenças e os quadros mais prevalentes observados no ambiente esportivo do vôlei e reiterar a importância do acompanhamento médico adequado e feito periodicamente.
Área
Medicina do Esporte
Instituições
UNIVERSIDADE IGUAÇU - Rio de Janeiro - Brasil
Autores
Vinícius Lavier Cancela Netto, Giulia Ribeiro Farroco, Laura da Rocha Silveira, João Victor Almeida da Costa, Gabriela Francisco Mendes, Brian França Dos Santos