Dados do Trabalho

Título

Avaliação de Condições de Doenças Cardiovasculares em um Núcleo Esportivo

Introdução e Objetivo

Durante a prática de exercício físico a maior demanda por oxigenação e consumo de energia faz com que a função cardíaca do corpo aumente. Contudo, apesar do esporte ser fundamental para melhorar o condicionamento do coração ao fortalecer sua musculatura pelo alto bombeamento de sangue para os mecanismos já descritos, a elevação excessiva da pressão arterial em um coração deficitário ainda novo, proveniente em sua maioria das Cardiopatias Congênitas que são encontradas desde o recém nascido até o adolescente, podem levar a complicações irreversíveis e até mesmo a Morte Súbita de jovens. Por isso, a execução de um estudo que vise a conscientização sobre o acompanhamento médico recorrente para a prática esportiva, incluindo o voleibol que exige um bom funcionamento fisiológico, e o rastreio no público infanto-juvenil dos principais sintomas e riscos que essas doenças apresentam, para serem evitados quadros que impeçam as atletas de categoria de base a permanecerem de forma saudável no seu esporte.

Casuística e Método

Esse estudo se apresenta como uma metodologia transversal, em que foi utilizado o questionário: Questionário de Prontidão para Atividade Física (PAR-Q) como base, associado a um exame físico cardiológico. Os procedimentos foram realizados pelos examinadores em uma amostra de 19 atletas de vôlei em um centro esportivo na Baixada Fluminense. As meninas entrevistadas treinavam em média 3 vezes por semana, e em caso de competições esse número aumentava para 5 vezes. Nesse sentido, também foi realizada a aferição da frequência cardíaca (FC) em pulso radial em um exercício leve, no qual consistia na realização de 20 polichinelos. Após esse procedimento, foi feita a verificação da FC após 2 minutos de recuperação desse exercício, foram analisadas essas frequências e a diferença entre elas.

Resultados

As meninas entrevistadas e examinadas tinham uma faixa etária entre 12-17 anos, tendo em média de idade de 14,47. Na aferição da FC de repouso, 57,89% das atletas estavam entre 81-100 batimentos por minuto (BPM), 1 0,52% entre 61-80 BPM, 26,31% entre 101-120 BPM e uma atleta teve a frequência de 135 BPM (5,26%). Nas frequências de recuperação, 63,1 5% tiveram uma FC na faixa de 61-80 BPM, 15,78% tiveram uma FC na faixa de 81-100 BPM, 10,52% entre 101-120 BPM, e apenas uma atleta resultou em uma frequência de 53 BPM (5,26%). Nesse sentido, 63,1% das atletas não tiveram uma alteração na FC superior a 22 BPM. Para além do exame físico, o questionário apontou que das atletas possuiu dor no tórax quando praticava atividade física (Questão 2), 2 atletas possuíram dor torácica no último mês, enquanto não praticava atividade física e 6 atletas perderam o equilíbrio em virtude de tonturas e perda de consciência.

Discussão

É fundamental salientar que as atletas estiveram numa faixa inferior de FC ao considerado de um exercício leve (65% da FC máxima), considerando a idade média, a FC máxima é de 211, a FC nesse tipo de exercício seria de 137. O preparo físico das atletas na questão aeróbica pareceu adequado para a prática de atividades, embora esse critério não seja adequado para a avaliação plena de uma atleta. Além disso, o questionário PAR-Q demonstrou que 6 atletas diferentes responderam "SIM", o que explicita a parada imediata de atividades físicas para uma avaliação adequada com um médico. Dessa forma, embora a prática esportiva seja benéfica para essas atletas, o preenchimento de perguntas positivas para o PAR-Q demonstra que há uma necessidade de rastreio para condições cardiovasculares.

Conclusão

O esporte, portanto, é uma prática prazerosa e benéfica para os indivíduos, no entanto, seu exercício realizado sem acompanhamento e rastreio de doenças cardiovasculares em atletas da categoria infanto-juvenil pode levar a condições danosas para esse grupo. Dessa forma, a intervenção médica faz-se necessária nesse grupo para haver uma busca por essas condições que precarizam a saúde.