Dados do Trabalho

Título

Avaliação das Medidas Antropométricas em Atletas em Categoria de Base no Voleibol

Introdução e Objetivo

A prática de esportes nos primeiros anos de vida é importante para atingir um grau satisfatório de atividade física diária e para prevenir doenças relacionadas ao sedentarismo. Nessa lógica, muitas crianças e adolescentes praticam vôlei, entretanto, por ser um esporte de alta demanda energética é preciso ficar atento à alimentação desses jovens, visto que uma alimentação adequada junto ao esporte irá favorecer o crescimento e desenvolvimento, entretanto, o contrário irá trazer prejuízos à saúde dos jovens, entre eles estão o atraso da puberdade e a baixa estatura. Além disso, a alimentação inadequada além de propiciar o desenvolvimento de transtornos alimentares, pode aumentar o risco de lesão devido à saúde óssea afetada. Uma dieta ideal precisa avaliar as necessidades metabólicas de crianças e adolescentes para evitar problemas como má nutrição e sobrepeso, porque além de afetar o rendimento, o sobrepeso pode sobrecarregar o joelho e a lombar e o aumento da circunferência abdominal pode aumentar os riscos cardiovasculares. Além disso, a obesidade infantil pode estar atrelada a uma má nutrição, que também traz danos à saúde e ao desempenho esportivo. Dessa forma, faz-se necessário acompanhar o perfil antropométrico de atletas infanto-juvenis.

Casuística e Método

Para a realização desse estudo, a amostra populacional esperada foi de 15-30 atletas, todas do sexo feminino e que praticavam voleibol com frequência de 3 vezes na semana, no mínimo. Nesse sentido, foram avaliadas as medidas antropométricas dessas atletas, as quais consistem em circunferência braquial, circunferência da coxa, circunferência abdominal, altura e realização do Índice de Massa Corporal (IMC). Nesse sentido, também foi realizado o Questionário de Prontidão para o Esporte com Foco nas Lesões Musculoesqueléticas (MIR-Q) e o Questionário de Baixa Disponibilidade de Energia no Sexo Feminino (LEAF-Q) para o auxílio no rastreio de danos em regiões de risco e distúrbios energéticos.

Resultados

Na avaliação das medidas antropométricas, a amostra obtida foi de 16 atletas, as quais se encontravam na faixa etária de 12 a 17 anos. Nesse sentido, foi encontrado no IMC, 10 atletas (62,5%) na Faixa normal, 2 atletas (12,5%) na faixa de Obesidade Grau 1, 1 atleta (6,25%) na faixa de Sobrepeso e 2 atletas (12,5%) na faixa de Magreza. A estatura média, em metros, das atletas avaliadas foi de 1,62, tendo seu valor máximo de 1,70 e seu valor mínimo 1,48, embora o valor de moda foi 1,70. A circunferência abdominal, medida em centímetros, média foi de 73,75, seu valor máximo foi de 84 e o mínimo de 48.

Discussão

O estudo revela uma diversidade significativa de perfis corporais entre jovens atletas de vôlei, refletindo a influência da alimentação no desenvolvimento físico. A maioria das atletas possui IMC normal, sugerindo uma nutrição adequada, porém 31,25% apresentam sobrepeso, obesidade ou magreza, o que levanta preocupações. A falta de orientação nutricional adequada pode comprometer tanto o desenvolvimento físico quanto o desempenho esportivo. O desequilíbrio nutricional, seja por excesso ou deficiência de nutrientes, afeta a saúde a curto e longo prazo. A obesidade pode aumentar o risco de lesões nas articulações, como joelhos e coluna, essenciais no vôlei. Já a magreza prejudica o crescimento e o desenvolvimento puberal, elevando a propensão a lesões e comprometendo a saúde óssea. Esses problemas ressaltam a necessidade de um acompanhamento nutricional eficaz para prevenir complicações e garantir o bom desempenho das atletas.

Conclusão

Portanto, a discussão sobre a alimentação de atletas adolescentes de vôlei vai muito além de simples recomendações dietéticas. O acompanhamento nutricional personalizado, ajustado às necessidades metabólicas e ao crescimento, é crucial para evitar tanto o sobrepeso quanto a magreza excessiva, além de proteger a saúde física e mental das jovens atletas.