Dados do Trabalho


Título

Análise do Nível de Hidratação em um Atleta Amador na Maratona do Rio 2024: Estudo de Caso

Introdução e Objetivo

A manutenção da hidratação é um fator crucial para o desempenho esportivo e a saúde, especialmente em eventos de resistência como a maratona. A desidratação pode causar fadiga precoce, cãibras musculares e aumento da temperatura corporal, que afetam diretamente o desempenho do atleta, podendo levar à interrupção da prova. Este estudo tem como objetivo avaliar o impacto da estratégia de reposição hídrica e suplementação adotada por um atleta amador durante a Maratona do Rio 2024 no nível de hidratação e peso corporal.

Casuística e Método

Estudo de caso realizado com um atleta amador, categoria 40-44 anos, realizado durante a Maratona do Rio 2024. Foi analisado o nível de hidratação (HID) e o peso corporal total (PCT) pré e pós prova. Para tal foi utilizado o equipamento portátil MX3 Diagnostics® com suas respectivas tiras reagentes para medir a osmolaridade da saliva (Osm) e a avaliação de PCT (kg) com uma balança digital portátil G-Tech® A estratégia de hidratação e suplementação do atleta foi seguida de acordo com a orientação nutricional: ingestão de 500 ml de água e 1 dose de Liquidz® no desjejum. Após a análise da HID foi consumido 300ml de água e 1 gel de 20 g de carboidrato Carb up®. Durante a prova, o atleta consumiu cerca de 100 ml de água em cada posto de hidratação (10 postos a cada 3 km aproximadamente), 2 sachês de 90 ml cada (composto de 3 sachês de Liquidz® e 20 g de carboidrato Carb up® em pó) e quatro géis de 20 g de carboidrato Carb up® cada. As condições ambientais incluíram temperatura inicial de 20°C e final de 24°C, umidade relativa do ar de 68% e sensação térmica de 30°C. O tempo total da prova foi do atleta foi de 2h25min44s.

Resultados

O atleta apresentou HID pré em desidratação leve (77 Osm) e pós em desidratação leve (80 Osm) e PCT pré de 74,7 kg e pós de 64,6 kg. Apesar da perda de 10,1 kg de PCT, relevante durante a prova, o nível de hidratação, medido pela saliva, indicou desidratação leve (3,90%).

Discussão

A perda de peso corporal durante atividades de endurance, como a maratona, é frequentemente associada à perda de líquidos corporais, que pode levar a uma desidratação severa se não for adequadamente compensada. No entanto, o atleta seguiu um protocolo de hidratação consistente, consumindo água em intervalos regulares e utilizando suplementos que visam a reposição de eletrólitos e carboidratos. Esses resultados destacam a importância de estratégias personalizadas de hidratação para maratonistas amadores, levando em consideração fatores individuais como taxa de sudorese, peso corporal e condições ambientais.

Conclusão

Embora o atleta tenha apresentado perda de PCT durante a maratona, o nível de hidratação permaneceu em um estado de desidratação leve. Isso sugere que a estratégia de hidratação e suplementação adotada foi eficaz em mitigar os efeitos adversos da desidratação severa que são comuns em maratonas. Esta perda substancial de PCT ressalta a necessidade de ajustes personalizados na estratégia de hidratação para maratonistas amadores, visando otimizar o desempenho e preservar a saúde.
Projeto apoiado por Liquidz® e MX3 Diagnostics®.

Palavras-chave: hidratação, corrida de maratona, desempenho atlético

Área

Medicina do Esporte

Instituições

. Escola de Educação Física do Exército (EsEFEx/ EB) - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Danielli Braga Mello