Dados do Trabalho
Título
APLICABILIDADE DA ULTRASSONOGRAFIA EM FRATURA DE RÁDIO EM ATLETA PARAOLÍMPICO: RELATO DE CASO
Introdução e Objetivo
B.S.A., SEXO MASCULINO, 24 ANOS, PORTADOR DE DEFICIENCIA VISUAL (CEGUEIRA TOTAL),
PRATICANTE DE JIU JITSU, APRESENTOU ARTRALGIA E LIMITAÇÃO FUNCIONAL DO PUNHO ESQUERDO APÓS QUEDA DURANTE TREINO.
A ULTRASSONOGRAFIA TEVE COMO OBJETIVO TENTAR DIAGNÓSTICAR POSSÍVEL(IS) LESÃO(ÕES) OSTEOMIOARTICULAR DO PUNHO.
Casuística e Método
A FRATURA NO PUNHO REPRESENTA QUASE 15% DE TODAS AS FRATURAS DO CORPO HUMANO.
A ULTRASSONOGRAFIA É CONSIDERADA UMA EXCELENTE FERRAMENTA DIAGNÓSTICA EM LESÕES MUSCULARES E TENDÍNEAS MAS, EXCEPCIONALMENTE, PODE FORNECER ACHADOS RELACIONADOS A ALTERAÇÕES ÓSSEAS.
Resultados
AO ESTUDO ULTRASSONOGRÁFICO FOI OBSERVADO:
LÍQUIDO PERITENDÍNEO NOS TENDÕES CORRESPONDENTES AO I E II COMPARTIMENTO EXTENSOR.
SOLUÇÃO DE CONTINUIDADE DA CORTICAL LATERAL NO TERÇO DISTAL DO RÁDIO ASSOCIADO A DESLOCAMENTO DOS FRAGMENTOS ENVOLVIDOS.
Discussão
APÓS ENTREVISTA CLÍNICA, PACIENTE FOI SUBMETIDO A EXAME FÍSICO SENDO OBSERVADO EDEMA E LIMITAÇÃO FUNCIONAL DO COMPARTIMENTO LATERAL DO PUNHO ESQUERDO.
O MESMO FOI INDICADO PARA ANALISE ULTRASSONOGRÁFICA ONDE SUSPEITOU-SE LESÃO ÓSSEA.
GRAÇAS A EVOLUÇÃO DOS TRANSDUTORES UTILIZADOS NA ULTRASSONOGRAFIA MUSCULOESQUELÉTICA (AUMENTO DA FREQUÊNCIA) PODEMOS ESTUDAR MAIORES DETALHES ANATÔMICOS, INCLUSIVE EM ESTRUTURAS ÓSSEAS.
O PUNHO É A ARTICULAÇÃO QUE UNE O ANTEBRAÇO À MÃO.
ELE É FORMADO PELOS OSSOS DO RÁDIO (LATERALMENTE), DA ULNA (MEDIALMENTE) QUE NESTA REGIÃO É CHAMADA DE PARTE DISTAL E DOS OSSOS DO CARPO (ESCAFÓIDE, SEMILUNAR, PIRAMIDAL, PISIFORME, CAPITATO, HAMATO, TRAPÉZIO E TRAPEZÓIDE).
A FRATURA MAIS COMUM DO PUNHO É A DO RÁDIO DISTAL E, INCLUSIVE, USAMOS O TERMO “FRATURA DE PUNHO” COMO SINÔNIMO DA FRATURA DESTA ESTRUTURA.
GERALMENTE OCORRE APÓS UM TRAUMA, SENDO O MAIS COMUM A QUEDA SOBRE A MÃO ESPALMADA (CASO OCORRIDO COM REFERIDO ATLETA).
EXISTEM DOIS PICOS DE INCIDÊNCIA PARA FRATURA DO PUNHO: CRIANÇAS QUE AINDA ESTÃO COM SEU ESQUELETO EM FORMAÇÃO E APRESENTAM ÁREAS MAIS SUSCETÍVEIS À FRATURA E IDOSOS, SENDO MAIS COMUM EM MULHERES.
EM ADULTOS JOVENS É MAIS COMUM EM QUEDAS OU TRAUMA, PRINCIPALMENTE DURANTE A PRÁTICA ESPORTIVA OU ACIDENTES AUTOMOBILÍSTICOS.
ALÉM DISSO, EXISTEM ALGUNS FATORES DE RISCO PARA A OCORRÊNCIA DA FRATURA DE PUNHO, SENDO ELES: SER DO SEXO FEMININO, TER OSTEOPOROSE E/OU SOFRER QUEDAS SOBRE O PUNHO.
APÓS ANALISE ULTRASSONOGRÁFICA, PACIENTE FOI SUBMETIDO A ESTUDO RADIOLÓGICO SENDO DIAGNOSTICADO FRATURA DO TERÇO DISTAL DO RÁDIO (FRATURA DE COLLES).
Conclusão
A ULTRASSONOGRAFIA MUSCULOESQUELÉTICA MOSTROU-SE UM EXCELENTE RECURSO DIAGNÓSTICO COADJUVANTE EM CASOS DE FRATURA ENVOLVENDO CORTICAIS ÓSSEAS, MESMO TENDO MAIOR APLICABILIDADE EM LESÕES MUSCULARES E TENDÍNEAS.
Área
Medicina do Esporte
Instituições
CESUPA - Pará - Brasil
Autores
FLAVIO TAVARES FREIRE DA SILVA, JOSE SILVERIO NUNES DA FONSECA, MATEUS MEDEIROS DE PAIVA CAVALCANTE, HUGO CHAVES DAHER, FELIPY CHAVES DOS SANTOS, ISA CASTILHO GLINS DE SOUZA