Dados do Trabalho


Título

Avaliação da Taxa Metabólica Basal em atletas e sedentários utilizando mensurações obtidas por aparelhos com tecnologias diferenciadas: Calorimetria indireta, Dispositivos Vestíveis e Bioimpedância

Introdução e Objetivo

A calorimetria indireta tem sido o método de referência para avaliar a taxa de metabolismo. A possibilidade de medir a taxa de metabolismo basal (TMB) e da frequência cardíaca através de dispositivos vestíveis oferece, adicionalmente, uma oportunidade de automonitoramento, coleta de dados em tempo real e compartilhamento de dados úteis para medicina cardiovascular e esportiva. A variedade de aparelhos comercializados tem gerado discussões sobre a validade das mensurações obtidas por aparelhos com tecnologias diferenciadas, o que poderia prejudicar a interpretação de resultados. Objetivo: Comparar o gasto energético em repouso em atletas e sedentários utilizando mensurações obtidas por aparelhos com tecnologias diferenciadas: Calorimetria indireta, dispositivos vestíveis e bioimpedância.

Casuística e Método

Trata-se de um estudo observacional transversal tipo caso controle, sendo amostra constituída por 60 indivíduos do sexo masculino, na faixa etária de 18 a 40 anos, consistindo de 30 atletas profissionais de futebol e 30 indivíduos sedentários. Após coleta de dados, realizou-se análise descritiva, de modo que foram obtidas medidas estatísticas como média, mediana e desvio-padrão e posteriormente, realizou-se testes de normalidade nas variáveis, a saber: teste de Kolmogorov-smirmov e teste de Shapiro Wilk, no intuito de saber se as variáveis seguem uma distribuição de normalidade.

Resultados

Médias da TMB entre os instrumentos bioimpedância e FIT BIT foram 1909,17 e 1855,94 respectivamente com p 0.89, Bioimpedância e Calorimetria Indireta foram 1909,17 e 2282,50 respectivamente com p< 0.001 e FIT BIT e calorimetria indireta foram 1885,94 e 2282,50 respectivamente com p<0.001.

Discussão

Ao comparar a variabilidade da taxa de metabolismo basal obtida através de parâmetros distintos de verificação, observou-se que há diferença estatisticamente significativa da TMB entre as medições dos instrumentos FIT BIT e a calorimetria indireta, que pode ser explicado em parte pela medição do gasto energético da calorimetria indireta diferentemente do que é estimada ou predita pelos dispositivos e pela bioimpedância. Além disso, podem haver outros fatores que influenciem a TMB como excesso de peso, atividade física, as condições nutricionais e hormonais e patologias associadas.

Conclusão

Baseado no estudo realizado, propõem cautela na utilização da TMB quando se utiliza dispositivos, porque houve diferença estatisticamente significativa entre as medições dos instrumentos FIT BIT e a calorimetria indireta de modo que o instrumento FIT BIT tende a fornecer valores mais baixos de taxa de metabolismo basal do que o instrumento de calorimetria indireta.

Área

Medicina do Esporte

Instituições

Universidade Iguaçu - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Antonio Fernandes de Oliveira Flho, Carlos Alberto Fernandes Jr, Leonardo Antonio de Cunto Viceconte, Frederico dos Reis Borges da Silva, Humberto Dapieve, Marco Antonio Alves Azizi