Dados do Trabalho
Título
Impacto da Síndrome da Deficiência Energética Relativa no Esporte (RED-S) na Saúde Óssea e no Risco de Fraturas em Atletas de Elite: Revisão Sistemática
Introdução e Objetivo
A síndrome da Deficiência Energética Relativa no Esporte (RED-S) emerge do desequilíbrio entre ingestão calórica e o gasto energético, comprometendo a homeostase fisiológica e o desempenho atlético. O sistema esquelético, principalmente em atletas de elite, é um dos mais vulneráveis, aumentando a incidência de fraturas por estresse. Analisar como a síndrome RED-S influencia a densidade mineral óssea (DMO) e o risco de fraturas em atletas de elite.
Casuística e Método
Trata-se de um estudo descritivo do tipo revisão sistemática que seguiu a diretriz apontada pela Cochrane Brasil, licenciada pela plataforma Prospero. Para buscar as melhores evidências, os pesquisadores formularam a seguinte pergunta de pesquisa: “Quais os reflexos da Síndrome da Deficiência Energética Relativa em atletas de elite?”. Para responder tal pergunta, buscou-se por estudos nas respectivas bases de dados como Pubmed, Scopus, e The Cochrane Data Base, por meio dos descritores em inglês, selecionados na Medical Subject Headings (MeSH): Relative Energy Deficiency in Sports; Fractures, Stress; Athletes; Bone Density. Inicialmente, por meio da busca pareada, os pesquisadores chegaram a uma amostra de 18, e após a análise do fator de impacto da revista, leitura do título, resumo e abordagem metodológica que foi analisada por meio do Consensus-based standards for the selection of health status measurement instruments (COSMIN), e assim a amostra final foi de 5 artigos
Resultados
Segundo pesquisas de Ida A. Heikura, et. al. estudos de intervenção que tiveram como objetivo quantificar e comparar mulheres amenorreicas, eumenorreicas, adequada ou baixa Densidade mineral óssea(DMO) sobre a prevalência de fraturas ósseas por estresse e dias de treinamentos perdidos devido às lesões. Com tais dados ficou constatado que o número de atletas lesadas por conta de fraturas e dias esportivos perdidos são de 4,5 vezes mais em atletas amenorreicas do que esportistas eumenorreicas. Já em outro estudo realizado por Stenqvist TB, et. al. nos mostra que a baixa disponibilidade energética é mais prevalente em atletas do sexo feminino, e que 80% das atletas de elite e profissionais têm pelo menos um sintoma de RED-S. Além disso, 37% das atletas de elite e quase elite demonstraram dois ou mais sintomas de RED-S pelo menos.
Discussão
A Síndrome da Deficiência Energética Relativa no Esporte (RED-S) é um problema relevante entre atletas de elite, impactando negativamente a densidade mineral óssea (DMO) e aumentando o risco de fraturas, com prevalência 4,5 vezes maior em casos de deficiência energética. Além do déficit energético, a em atletas de resistência pode agravar o impacto na DMO e no risco de fraturas. Intervenções como o ajuste no balanço energético, aumento da ingestão de carboidratos e proteínas, juntamente com exercícios osteogênicos, são sugeridas para mitigar os efeitos da RED-S e otimizar a recuperação óssea. Esse manejo multidisciplinar é essencial para proteger a saúde esquelética e maximizar o desempenho dos atletas.
Conclusão
Conclui-se que em atletas de Elite a RED-S afeta negativamente a saúde óssea,gerando assim, um aumento da incidência de Fraturas por estresse em atletas com variações clínicas específicas, como Amenorreia, Deficiência energética, devido a seu impacto na DMO.
Área
Medicina do Esporte
Instituições
UNINOVE - São Paulo - Brasil
Autores
Mohamad Adnan Moussa, Camilla Rodrigues Pereira da Silva , Eduardo Henrique Cavalcanti Lira Gomes, Bruna Vitória Nichio Biazi, Lorenzo Casana Agelune, Vinicius Lino de Souza Neto