Dados do Trabalho
Título
INCIDÊNCIA DE LESÕES MUSCULOESQUELÉTICAS EM JOGADORES PROFISSIONAIS DE FUTEBOL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Introdução e Objetivo
INTRODUÇÃO: O futebol é considerado o esporte mais popular do mundo1. Devido ser um esporte de intenso contato físico, movimentos curtos, rápidos e não contínuos as lesões são mais frequentes2. OBJETIVO: Analisar a incidência de lesões em atletas profissionais de futebol e traçar métodos de prevenção com o intuito de minimizar suas ocorrências e agravos.
Casuística e Método
CASUÍSTICA E MÉTODO: Trata-se de um estudo analítico, descritivo, epidemiológico com revisão sistemática integrativa. Foram escolhidas três bases de dados para a pesquisa bibliográfica: PubMed, LILACS e SciELO com artigos em português, espanhol e inglês, com período estabelecido entre os anos de 2013 a 2023, sem delimitação de coleção ou periódico. Os critérios de inclusão utilizados foram os artigos que abordam assuntos a respeito das lesões em atletas profissionais de futebol, suas incidências e os métodos de prevenção para minimizar suas ocorrências.
Resultados
RESULTADOS: Foram encontrados cerca de 185 artigos (sendo 82 no SciELo, 41 na LILAcs e 62 na PubMed). Dos quais 132 foram excluídos na fase de títulos e 35 na fase de resumo, restando 18 artigos para estudo. Constatamos que a grande maioria das lesões são musculoesqueléticas com cerca de 65%, enquanto 35% não apresentava nenhum tipo de lesão. Dos jogadores lesionados cerca de 89% já possuía histórico de algum tipo de lesão. Os tipos de lesões com maior incidência foram a contratura (36%) e a contusão (36%), seguida por entorses (12%), luxações (6%), e as demais (10%). Em relação ao local corpóreo mais acometido, a coxa e o joelho apresentaram os maiores índices, ambas com 38%. A posição dos jogadores que atuam como meio-campistas, laterais e atacantes foram os que apresentaram maiores índices de lesões, principalmente por ser posições que necessitam de arrancadas e movimentos rápidos3.
Discussão
DISCUSSÃO: O presente trabalho investigou através de um estudo analítico, descritivo, epidemiológico com revisão sistemática integrativa as incidências de lesões musculoesqueléticas em jogadores profissionais de futebol. De acordo com Freitas (2005) as lesões mais frequentes foram as contusões. Dessa forma, essa pesquisa concorda com o mesmo, pois encontrou maior incidência tanto de contusões, como também de contraturas. Já em um outro estudo realizado por Walden (2005), o tipo de lesão mais encontrada foi a entorse. Sendo assim, este trabalho difere dos achados. No entanto, outros estudos citam a lesão muscular como a principal alteração musculoesquelética que acomete os atletas. Para Silva (2011), os locais corpóreos mais afetados foram coxas e joelhos, o que se assemelha aos dados encontrados em nosso trabalho. Para o bom desempenho dos atletas e a redução de custos dos clubes são essenciais a implementação de programas de exercícios que previnam o aparecimento de lesões e diminuam a sua recorrência e severidade. As estratégias como hidratação adequada, dieta nutricional eficaz, boa higiene do sono, além de terapia com imersão em água gelada foram constatadas como eficientes no combate a fadiga muscular4.
Conclusão
CONCLUSÃO: Portanto, é fundamental a participação de uma equipe multidisciplinar na atuação efetiva do preparo físico e mental dos atletas profissionais do futebol, visando promover condições físicas adequadas para a prática de suas atividades, bem como a implementação de novas técnicas como a viscossuplementação e tecnologias (câmara hiperbárica) visando a redução de agravos, rápida recuperação e melhor rendimento dos atletas.
Área
Medicina do Esporte
Instituições
Futebol Interativo - São Paulo - Brasil
Autores
Michell Alencar Alves Correia, Jones dos Santos Monte