Dados do Trabalho
Título
IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA PREVENÇÃO DE SÍNDROMES DEMENCIAIS
Introdução e Objetivo
A demência compreende um grupo de distúrbios neurológicos que apresentam uma constante crescente na população de idosos, tornando essas doenças um desafio para o sistema de saúde. Estudos revelam uma forte relação entre exercícios físicos e a saúde cognitiva, sendo um indicativo de que a atividade física pode proteger o paciente de um quadro demencial. Os benefícios relacionados à atividade física são diversos, no entanto, o maior benefício está relacionado ao estímulo da plasticidade simpática, gerando novos neurônios. Elementos do estilo de vida, como a ausência de atividade física, alimentação imprópria e consumo de tabaco, representam perigos tanto para a diminuição da massa muscular quanto para a deterioração cognitiva. Pesquisas indicam que indivíduos que praticam atividades físicas regularmente apresentam um risco reduzido de desenvolver demência em comparação aos indivíduos sedentários.
Casuística e Método
O presente trabalho se trata de uma revisão bibliográfica de artigos retirados do acervo (PUBMED, SciELO), utilizando como palavras chave: “Síndromes demenciais”; “atividade física”; “preensão palmar”; “relação”; “cognitivo”; “biomarcadores”. Foram selecionados 50 artigos na língua inglesa compreendendo o período de 2020 a 2024 dos quais 8 foram selecionados para o presente estudo.
Resultados
Avalia-se que há uma expressiva relação entre força muscular e função cognitiva. Um dos exemplos disso é que escores de função psicomotora identificam que o aumento da força na preensão manual possuem direta correlação com escores gerais de função cognitiva, indicando uma melhor performance cognitiva.
Além disso, estudos mostram que idosos que participaram de treinamento de intensidade moderada e alta obtiveram melhorias em testes neuropsicológicos, sugerindo a possibilidade de aprimorar a função cognitiva. No geral, os achados sugerem uma correlação positiva entre força muscular e habilidades cognitivas, enfatizando os potenciais benefícios da atividade física para a saúde mental.
Ademais, estudos mostram que idosos que participaram de treinamento de intensidade moderada e alta obtiveram melhorias em testes neuropsicológicos, sugerindo a possibilidade de aprimorar a função cognitiva.
Discussão
O exercício físico pode promover a formação de novos neurônios, a flexibilidade das conexões entre eles e a liberação de substâncias neurotróficas, e miocinas, como a catepsina B (CTSB). Essas substâncias desempenham um papel essencial na manutenção da função cognitiva. Um estudo recente mostrou que a prática regular de exercícios aeróbicos aumentou consideravelmente os níveis de CTSB no sangue, sugerindo que o exercício físico pode aumentar a resistência cognitiva.
No mesmo entendimento, análises sistemáticas e revisões meta-analíticas apontam que a prática regular de exercícios físicos, principalmente aeróbicas, está relacionada a uma diminuição do risco de declínio mental e demência. Estudos transversais também apontam que idosos com melhor condicionamento físico, apresentam uma performance cognitiva superior. Isso demonstra a eficácia do exercício na prevenção do comprometimento mental, potencialmente através da melhoria do fluxo sanguíneo cerebral e da redução da inflamação e do estresse oxidativo, ambos ligados à origem da demência.
Conclusão
Em síntese, as evidências acumuladas indicam que a atividade física pode desempenhar um papel crucial na prevenção da demência. A prática regular de exercícios não apenas melhora a saúde cognitiva e os biomarcadores sistêmicos, mas também se apresenta como uma estratégia promissora para enfrentar o aumento das doenças neurodegenerativas entre os idosos. Incorporar a atividade física no cotidiano deve ser uma prioridade para minimizar o risco de demência. Além disso, é essencial que futuras pesquisas investiguem quais tipos e intensidades de exercício oferecem os maiores benefícios cognitivos e os mecanismos biológicos envolvidos.
Área
Medicina do Esporte
Autores
Felipe Alessandre Aguiar Castro, Mario Augusto Carvalho Rodrigues