Dados do Trabalho


Título

Análise da força de preensão palmar como indicador funcional em idosos e sua relação com o tempo de residência em instituições de longa permanência

Introdução e Objetivo

A síndrome da fragilidade é uma condição clínica ampla de destaque da geriatria em que fatores biológicos, psicológicos e sociais afetam a saúde dos indíviduos, especialmente idosos. Essa condição resulta em perda da autonomia, aumento do risco de queda e hospitalizações e diminuição global da qualidade de vida, sendo, portanto, muito relevante na morbimortalidade da população afetada. Essa síndrome pode ser avaliada de maneira objetiva através de algumas ferramentas e métodos como a força de preensão palmar, a velocidade de marcha e do teste “Timed Up and Go” (também chamado TUG Test). Por se tratar de uma condição tratável, o presente trabalho tem como objetivo avaliar a síndrome da fragilidade na população de um ecossistema específico e promover uma reflexão sobre intervenções exequíveis nela.

Casuística e Método

Trata-se de um estudo descritivo e quantitativo que foi realizado com 64 idosos residentes em uma casa de repouso. Os idosos passaram por testes de força de preensão palmar ( dinamômetro JAMAR), teste de velocidade de marcha e o teste “Timed Up and Go”. As informações sobre doenças crônicas não transmissíveis, uso de medicamento e tempo de permanência no lar dos idosos foram retiradas do prontuário de cada avaliado.

Resultados

Dos pacientes avaliados, 53,1% encontram-se em situação de polifarmácia, ou seja, em uso concomitante de 5 ou mais medicamentos. Na avaliação da força de preensão palmar 53,1% apresentaram resultados insatisfatórios. Em relação à velocidade de marcha, 90,6% apresentam velocidade inferior a 0,8m/s, faixa que muitos estudos associam a um maior risco de queda do idoso. Do total de idosos avaliados, 95,3% não apresentaram mobilidade considerada normal pelo teste Timed Up and Go, que seria de até 10 segundos para levantar-se de uma cadeira, caminhar 3 metros, virar 180 graus, retornar e sentar-se novamente na cadeira.

Discussão

É inegável a tendência de aumento da prevalência da síndrome da fragilidade concomitante ao envelhecimento da população, aumento da expectativa de vida e ao aumento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis. Entretanto, a conformidade diante dessa situação não deve ser atitude entre acadêmicos e profissionais de saúde, mas sim a busca por recursos que tragam impacto positivo sobre os idosos afetados por essa condição.

Conclusão

O presente estudo concluiu que a síndrome de fragilidade é de fato uma condição prevalente nos idosos residentes no “lar dos idosos”. Portanto, é de suma importância a avaliação efetiva desse fenômeno através de estudos para que se possa intervir de maneira assertiva e aumentar a autonomia dos idosos.

Área

Medicina do Esporte

Instituições

UNIFAA - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Laura Camila Oliveira Barreto, Letícia Palazzi Ribeiro, Bárbara dos Anjos Nascimento Soares, Luísa Kaitllyn Heleno Silva, Antônio Paulo André de Castro , Leandro Raider