Dados do Trabalho


Título

Atualização sobre os potenciais efeitos da creatina no corpo humano

Introdução e Objetivo

A creatina é um ácido α-metil guanidino acético, é um tripeptideo sintetizado de forma endógena e exógena. Endogenamente, a creatina é biossintetizada a partir dos aminoácidos de glicina, arginina e metionina que estão presentes no fígado,
A descoberta da creatina ocorreu em 1835 pelo francês Michel Chevreu e sua confirmação como um componente regular da carne ocorreu em 1847 pelo pesquisador Justus Liebig. Além disso, Justus mostrou que o trabalho muscular pode levar ao acúmulo dessa molécula, através de um estudo feito com raposas. As selvagens, que sobreviveram à caça, tem 10 vezes mais creatina que raposas presas, sugerindo que o trabalho muscular pode levar ao acúmulo dessa molécula.
Este projeto terá o objetivo de desmistificar, transparecer e elucidar os fatos a respeito de que a creatina é apropriada, não só para aqueles que fazem atividade física, mas para todos que buscam a vida saudável.

Casuística e Método

Trata-se de um estudo de revisão sistemática da literatura, que é adequado para buscar consenso sobre os efeitos do uso de creatina, constante ou periodicamente, em indivíduos saudáveis ou doentes. A pesquisa se utilizou dos bancos de dados eletrônicos como Scielo, revistas universitárias, jornais nacionais e internacionais, sendo utilizado os critérios de conteúdo atualizado ou que se prove com conteúdo atual, excluindo conteúdos que fugissem dessas delimitações.

Resultados

O presente artigo, além de enriquecer o conhecimento, favorece o entendimento a respeito da mais benéfica suplementação atual, a creatina. Diante dos resultados obtidos, a creatina apresenta um campo mais maduro de discussão, visto que há uma quantidade significativa de estudos disponíveis na literatura investigando seus benefícios e limitações. Evidencia-se que a creatina gera muito mais auxílio que prejuízo, independentemente se o indivíduo é um atleta ou somente uma pessoa que busca uma vida saudável.

Discussão

De acordo com a literatura, a creatina possui potencial efeito ergogênico na geração de força muscular, através, principalmente, do aumento da velocidade de regeneração de fosfocreatina durante o exercício, do aumento de glicogênio muscular e da catalisação da transfosforilação reversível de creatina por ATP. Além disso, devemos mencionar um aumento da energia presente na prática de exercícios físicos, por exemplo, usuários de creatina aumentaram a produção de energia em 27% no supino, 36,8% no leg press e 6% da massa magra, após a suplementação com 20 gramas de creatina.
Pesquisadores apontam para uma diferença de benefícios pelo uso do suplemento de creatina em comparação aos tipos de fibras musculares, a fosfocreatina armazenada em repouso é 5 à 15% maior nas fibras de tipo II em comparação com as do tipo I e sua degradação também é superior nas do tipo II, mas a fosfocreatina é mais rapidamente ressintetizada nas do tipo I. Além disso, a creatina aparenta possuir efeitos metabólicos, um estudo realizado com homens idosos observou que após tomarem creatina e realizarem treinamento de peso durante 12 semanas, houve um aumento do conteúdo mineral dos ossos, outro estudo mostra que pessoas diabéticas e sedentárias que tomaram creatina, reduziram a resposta de açúcar no sangue.

Conclusão

Com base nas presentes revisões de literatura, não há evidência cientifica que mostre a relação de efeitos adversos em indivíduos saudáveis devido o uso da suplementação de creatina. Em contraponto, há estudos que mostram que seu uso é muito benéfico para a saúde, tanto pelos seus efeitos na musculatura esquelética como a hipertrofia e o ganho de peso, quanto pelos seus efeitos protetores relacionados ao sistema nervoso central.
É considerado pela maioria dos estudos apontados, o uso de creatina como seguro, sem danos significativos nas circunstancias descritas, o efeito ergogênico mostra-se eficaz, sendo apontado o mecanismo mais fisiológico de melhor compreensão.

Área

Medicina do Esporte

Instituições

Universidade Iguaçu (UNIG) - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Davi Marinho Guglielmi, Brian França dos Santos, Samira Pinto Lima, Pedro Silva Ferrari