Dados do Trabalho

Título

REPERCUSSÕES CARDÍACA E TESTES GENÉTICOS EM ATLETAS DE ALTO NÍVEL

Introdução e Objetivo

Este resumo analisa as principais repercussões do exercício físico intenso, como a hipertrofia da parede ventricular esquerda e o aumento das cavidades ventriculares que são respostas fisiológicas, assim como bradicardia sinusal e elevações no ponto J no eletrocardiograma. Além disso, arritmias ventriculares são uma preocupação clínica após atividades de alto rendimento, mudanças no padrão de biomarcadores como a troponina C estão em fase de pesquisa assim como testes genéticos. Nesse contexto, o trabalho tem como objetivo avaliar repercussão cardíaca e testes genéticos em atletas de alta intensidade, explorando tanto os aspectos benéficos quanto os riscos cardiovasculares associados à prática de exercícios intensos.

Casuística e Método

O presente resumo é baseado em dados retrospectivos sobre testes genéticos e complicações cardíaca em atletas de alta intensidade, os critérios de inclusão foram artigos em inglês e português, no banco de dados do Pubmed e da sociedade europeia de cardiologia esportiva.

Resultados

A pesquisa revelou que a hipertrofia da parede ventricular esquerda e o aumento das cavidades ventriculares destaca-se como uma das principais repercussões, sendo uma adaptação fisiológica comum e reversível em atletas. No eletrocardiograma, os principais achados foram bradicardia sinusal, arritmia sinusal, bloqueios atrioventriculares de primeiro grau e elevações do ponto J, além de arritmias ventriculares e inversão de onda T. Aos exames laboratoriais há elevação transitória dos níveis de troponina C após atividades físicas intensas, por ser temporária pode não indicar dano permanente. Somado a isso, testes genéticos revelam genes que estão fortemente correlacionados à função cardiovascular ou ao tecido muscular, tais como o gene do receptor de angiotensina II tipo 2 (AGTR2), ligado ao sistema do gene RAS, foram analisados na prática de esportes de potência associados com a ordenação de fibras musculares de contração rápida, ocasionando um ciclo rápido de encurtamento muscular e em sequência produção de mais força, dado que as fibras de contração rápida dispõem de enzimas glicolíticas, que permitem maior capacidade anaeróbica, identificando-se assim polimorfismos relacionados aos genes que podem cooperar para suprimento de oxigênio como preditores de força, potência e desempenho.

Discussão

A hipertrofia da parede ventricular esquerda e o aumento das cavidades ventriculares podem ser confundidas com a cardiomiopatia hipertrófica, observou-se que atletas de esportes de resistência, como maratonistas e ciclistas, tem mais incidência conforme a intensidade exercida assim como as arritmias sinusais que são adaptações benignas comuns, atribuídas ao aumento do tônus vagal induzido pelo exercício na maioria dos casos. Entretanto as ventriculares são mais raras, porém apresentam maior risco para atletas de esforços prolongados, como corredores de longa distância e triatletas. Partindo para os exames laboratoriais a hipótese mais aceita é a que a elevação de troponina C advém da renovação celular do músculo cardíaco em resposta ao estresse. Ademais, os testes genéticos emergem como uma ferramenta na detecção de condições hereditária, melhorando a abordagem do atleta conforme suas condições, porém seus custos ainda são um dilema para medicina esportiva.

Conclusão

Em síntese, as adaptações cardiovasculares a exercícios físicos de alta intensidade são geralmente benignas, mas necessitam monitoramento frequente para diferir as condições fisiológicas das patológicas. Além disso , testes genéticos apesar do seu custo podem emergir como uma maneira de otimizar treinos e melhorar a performance dos atletas. Dessa forma, é imprescindível a necessidade de investimento na área para a elevação do desempenho individual e garantir uma jornada de trabalho mais segura para o atletas de alta intensidade.