Dados do Trabalho

Título

Análise comparativa de custo e internações por Osteoartrose na região sudeste nos anos de 2013 a 2023.

Introdução e Objetivo

Osteoartrose consiste em uma patologia que afeta principalmente as cartilagens das articulações podendo causar um processo degenerativo e inflamatório crônico. Tendo como maior prevalência a população idosa, com piora álgica na realização de exercícios físicos que demandem um estresse recorrente dessas articulações afetadas. Diante disso, o objetivo desse estudo é realizar uma análise comparativa de custos e taxas de internação causadas pela osteoartrose na região sudeste nos anos de 2013 a 2023.

Casuística e Método

Trata-se de um estudo ecológico, transversal e descritivo, realizado a partir do banco de dados do DATASUS, considerando os registros referentes à Produção Hospitalar (SIH/SUS), associados ao local de internação. Foi realizada uma análise quantitativa dos dados referentes ao período de 2013 a 2023 e à região Sudeste do Brasil. Os dados analisados foram selecionados pelos procedimentos de internamentos resultados de complicações por osteoartrose e suas variáveis exploradas foram: número de interações, valor total, valor médio e taxa de mortalidade.

Resultados

No período estudado, houve 109.590 internações por osteoartrose na região sudeste, que corresponde aos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. A região foi a mais acometida da nação, tendo uma diferença de 55.639 quando comparada a região sul, que obteve o número de 53.951 internações. Do montante regional, cerca de 62,3% correspondem a idosos e 30,6% a faixa etária de 40 a 59 anos. Em agosto de 2022, os números de internações mensais bateram o recorde, chegando a 1.517.
Ao todo, foram gastos R$414.002.353,44 e um custo médio por internação de aproximadamente R$3.777,00. São Paulo custeou 50.077 internações e foi o estado que mais contribuiu para o valor total gasto com esse tipo de atividade hospitalar, R$163.907.140,49, com um custo médio de R$3.277 (o mais baixo entre os estados analisados). O estado mineiro foi responsável pelo maior custo médio por internação, aproximadamente R$4.649,00, contrapondo o Espírito Santo, que teve um custo médio de R$3.626. O Rio de Janeiro se manteve um pouco acima da média, com um custo médio por internação de R$3779,00.
A taxa de mortalidade na região por Osteoartrose no período de julho de 2013 a julho de 2023 foi de 0,30%, sendo a maior em Minas Gerais com 0,38% e a menor no Espírito Santo com 0,11%.
Tal taxa engloba, principalmente, a população idosa com comorbidades acometida pela enfermidade.

Discussão

Os estados do Sudeste, especialmente São Paulo e Minas Gerais, têm alta população, o que resulta em mais internações e custos elevados de saúde. São Paulo, sendo mais desenvolvido tecnologicamente, possui centros especializados que encarecem os atendimentos, enquanto estados menos tecnológicos, como o Espírito Santo, apresentam custos menores. O envelhecimento da população na região, com maior expectativa de vida, contribui para o aumento de doenças crônicas, exigindo tratamentos complexos e caros. Além disso, as políticas públicas de prevenção são inadequadas, levando muitos pacientes a buscarem ajuda apenas em estágios avançados da doença, aumentando a necessidade de intervenções hospitalares.

Conclusão

A partir dos dados analisados, pode-se concluir que a osteoartrose é uma patologia que movimenta valores expressivos na região sudeste, com um valor total de aproximadamente 414.002.353,00 e um custo médio por internação de aproximadamente R$3.777,00, segundo o banco de dados da DATASUS. Como a atividade física ou a prática regular de exercícios físicos influenciam na manutenção das atividades normais ósseas, melhoram a densidade mineral óssea e fortalecem a musculatura, funcionando assim, como um auxiliar na prevenção da osteoartrose e diminuindo os altos custos com internação.