Dados do Trabalho
Título
Efeitos do exercício físico na saúde de mulheres idosas com osteoporose: uma revisão literária
Introdução e Objetivo
Desde a metade do século XX, tem-se observado um crescimento acelerado da proporção de idosos na população mundial. O processo de envelhecimento de modo geral é comumente associado à diminuição da massa óssea e muscular, além do aumento no percentual de gordura corporal e diminuição de hormônios sexuais. A osteoporose é uma condição comum entre mulheres idosas, o que aumenta o risco de fraturas, comum durante e após a menopausa por conta da decorrente queda dos níveis de hormônios sexuais, como o estrogênio. O exercício físico tem sido uma alternativa complementar e de intervenção não farmacológica para prevenir a progressão da osteoporose e melhorar a qualidade de vida. O objetivo desta revisão sistemática foi avaliar os efeitos de diferentes tipos de exercício físico na saúde óssea de mulheres idosas com osteoporose, incluindo parâmetros como densidade mineral óssea (DMO), força muscular e risco de fraturas.
Casuística e Método
Foi realizado um estudo de revisão integrativa de literatura, por meio dos bancos de dados PubMed e Scielo, entre 2020 a 2024, usando as palavras-chave "Exercise” e “Osteoporosis” e "Woman" , alternados pelo operador booleano AND. Definiu-se este período visando encontrar estudos que contribuíssem com dados atualizados e de relevância científica sobre o tema. Foram incluídos estudos clínicos randomizados controlados e meta-análises publicadas nos últimos cinco anos que investigaram os efeitos do exercício físico em mulheres idosas com osteoporose. A análise final incluiu 14 estudos de um total de 55 artigos.
Resultados
Os resultados indicaram que o exercício físico regular promove melhorias significativas na DMO, especialmente nas regiões do quadril e da coluna lombar. O treinamento de força foi o tipo de exercício mais eficaz, juntamente com exercícios de resistência e de equilíbrio. Além disso, o exercício físico reduz o risco de quedas e fraturas, além de melhorar a mobilidade e a força muscular geral. Em alguns estudos, também foi observado uma melhora na percepção de dor, o que gera maior independência funcional das pacientes.
Discussão
Os achados reforçam a importância de programas de exercício físico na prevenção e controle da osteoporose em mulheres idosas e ao comparar a tratamentos farmacológicos, a atividade física apresenta menos efeitos adversos e benefícios, como melhora na saúde cardiovascular e mental.
Conclusão
O exercício físico é uma intervenção altamente acessível na melhora da DMO e na redução do risco de fraturas em mulheres idosas com osteoporose. Programas de exercícios combinados, que incluem treinamento de força, resistência e equilíbrio, são recomendados para essa população de mulheres idosas. No entanto, a adesão ao exercício a longo prazo ainda é um desafio para essa população, devido a limitações físicas, psicológicas e sociais. Estudos futuros devem focar em estratégias que aumentem a adesão ao exercício, além de investigar o impacto de diferentes intensidades e durações dos programas de treinamento.
Área
Medicina do Esporte
Instituições
Fundação Educacional do Município de Assis - São Paulo - Brasil, Universidade de Marília - São Paulo - Brasil
Autores
Danielle Degado Diaz Medina, Carlos Eduardo Bezerra Chinin, Gustavo Garcia Leite Pavanetti, Maira Tami Correia, Natália Cabrera de Souza Fujikawa, Carlos Henrique Bertoni Reis