Dados do Trabalho


Título

O IMPACTO DA QUALIDADE E QUANTIDADE DO SONO NO DESEMPENHO ESPORTIVO E NA RECUPERAÇÃO DE ATLETAS

Introdução e Objetivo

O sono se tornou um assunto de diversas discussões nas últimas décadas, principalmente quando relacionado a memória, aprendizado e bem estar. Tomando-se nota desses aspectos influenciados pelo sono, é interessante investigar também o seu impacto quando se trata do desempenho físico e esportivo. Uma vez que, um bom desempenho no esporte envolve fatores que vão além do preparo físico e que afetam desde o praticante comum até o atleta profissional, seja influenciando no tempo de recuperação de uma lesão ou até afetar o raciocínio e reação necessários para aplicação de uma habilidade. Objetivo: Investigar os impactos da qualidade e quantidade do sono no desempenho esportivo

Casuística e Método

Foi realizada uma revisão de literatura sobre a relação entre o sono e o desempenho esportivo, destacando como a duração e a qualidade do sono influenciam a performance dos atletas, a prevenção de lesões e a recuperação física e mental. Utilizaram-se os seguintes descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Sono”, “Desempenho Esportivo”, “Recuperação Física”, “Prevenção de Lesões” e “Higiene do Sono”. As buscas foram realizadas nas bases de dados PubMed, Scopus e Cochrane Library, abrangendo o período de 2020 a 2023.

Resultados

A relação entre o sono e o desempenho esportivo tem recebido atenção crescente na literatura, destacando-se a importância da duração e da qualidade do sono. Em atletas competitivos, a privação de sono é associada a uma queda de desempenho, afetando habilidades técnicas, cognitivas e físicas. O sono insuficiente prejudica o desempenho em atividades de alta intensidade e concentração, enquanto a extensão do sono melhora significativamente a performance atlética. Em jovens atletas, uma rotina de sono adequada, com 8 a 9 horas por noite, é essencial para prevenir lesões e melhorar a performance. As sonecas diurnas também têm demonstrado ser uma intervenção eficaz para contrabalançar os efeitos da privação de sono parcial, sonecas de 90 minutos são ideais para maximizar os benefícios no desempenho. Além disso, a privação de sono reduz a capacidade de recuperação física e mental após exercícios intensos. Intervenções específicas, como estratégias de recuperação e a higiene do sono, têm sido propostas para melhorar a qualidade do sono entre os atletas. A duração quanto a qualidade do sono são determinantes críticos do desempenho esportivo, com recomendações focadas na extensão do sono e no uso de sonecas para mitigar os efeitos adversos da privação de sono.

Discussão

Estudos recentes mostram que o sono é crucial para o desempenho físico e cognitivo dos atletas. Uma revisão sistemática aponta que a duração adequada do sono melhora habilidades esportivas, concentração e tempo de reação, sendo especialmente importante para atletas jovens em fase de aprendizado. A falta de sono ou irregularidade nos ritmos circadianos aumenta a fadiga, risco de lesões e prejudica a tomada de decisões rápidas. Sonecas diurnas, por sua vez, têm se mostrado eficazes para amenizar os efeitos negativos da privação parcial de sono.

Conclusão

Os resultados desse estudo destacam a importância do sono na performance esportiva, evidenciando que a duração e a qualidade do sono influenciam diretamente o desempenho físico e cognitivo dos atletas. Nesse sentido, a privação de características de qualidade esportiva aumenta o risco de lesões e compromete a recuperação. Portanto, estratégias como higiene do sono e sonecas diurnas são eficazes para mitigar esses efeitos, especialmente em atletas jovens, contribuindo para melhorar o desempenho e prevenir lesões.

Área

Medicina do Esporte

Instituições

Centro Universitário Christus (UNICHRISTUS) - Ceará - Brasil, UERR - Universidade Estadual de Roraima - Roraima - Brasil, Universidade Federal do Ceará (UFC) - Ceará - Brasil

Autores

Guilherme Sávio Lima Frota, Lucas Aires Alencar Ferreira, Pedro Felipe Austregésilo de Alencar , João Guilherme Leão Santos, Guilherme Nobre Nogueira, Gabriel Macedo